O governo Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025.

Será que a medida tem potencial para mudar hábitos de consumo nos Estados Unidos e mobilizar exportadores brasileiros a repensar suas estratégias?

O Brasil é líder no suprimento de café (cerca de 33% do consumo estadunidense) e de suco de laranja (mais de 50%).

Especialistas alertam que o aumento de 50% reduziria a competitividade dos produtos brasileiros, forçando roasters e produtores americanos a buscar fornecedores alternativos.

A alta pode se refletir direto no preço ao consumidor, elevando o valor de cafés e sucos nas prateleiras.

Efeitos para o Brasil exportador

Produtos como carne bovina (Minerva estima redução de até 5% na receita), aviões da Embraer, madeira, celulose, máquinas e equipamentos estão diretamente enquadrados na medida.

Apesar de o mercado estadunidense absorver cerca de 12% das exportações brasileiras, o impacto para algumas cadeias como cafeicultura e laranja pode ser substancial.

Grandes players como JBS e Suzano poderão realocar parte da produção para Europa e Ásia para minimizar os efeitos.

A tarifa foi amparada por argumentos políticos, relacionados ao processo contra o ex-presidente Bolsonaro e às políticas de moderação de conteúdo brasileiras.

A resposta do Brasil foi imediata: o presidente Lula já acionou a “Lei da Reciprocidade Econômica” e cogita tarifas retaliatórias.

Especialistas já alertam para o risco de escalada de conflito comercial entre os dois países.


Pensamentos Estratégicos para Exportadores

Diversifique mercados: reforce rotas para Europa, Ásia ou Mercosul, reduzindo dependência dos EUA.

Reforço na precificação: ajuste modelos de custo para incluir tarifas, seguros e possíveis fretes alternativos.

Agilidade logística: opte por soluções com controle, compliance e mitigação de riscos essenciais diante de incertezas.

Conformidade regulatória: mantenha documentos sanitários e certificados em dia para evitar entraves.

Conclusão

A imposição de tarifas não é apenas uma barreira tarifária, é um ponto de inflexão para exportadores estratégicos. Quem se preparar agora, ganha vantagem competitiva.